O Dia Internacional da Mulher foi instituído em uma conferência realizada na Dinamarca no ano de 1910, em homenagem às 130 tecelãs de uma fábrica de tecidos que morreram no dia 08 de março de 1857, quando realizavam uma manifestação por melhores condições de trabalho e igualdade salarial com os homens. A data foi oficializada pela ONU (Organização Mundial das Nações Unidas) somente no ano de 1975.
A criação do Dia Internacional da Mulher tinha, inicialmente, o objetivo de promover debates e reuniões sobre o papel da mulher na sociedade, o que ainda acontece nos dias atuais em muitas regiões. A data também é marcada por homenagens e comemorações diversas, que evidenciam as grandes conquistas da mulher e abrem espaço para novos debates sobre problemas que ainda são enfrentados pela mulher como a discriminação e desigualdade no mercado de trabalho e a violência ainda presente nos dias atuais.
Conforme dados do IBGE, a presença da mulher como chefe de família cresceu consideravelmente na última década: entre 2000 e 2010 o percentual de famílias chefiadas por mulheres passou de 22,2% para 37,3% no Brasil. Apesar disso, o IBGE aponta que no ano de 2011 as mulheres receberam, em média, 70,4% do rendimento do trabalho dos homens.
Um dado, ainda preocupante, é que no Brasil, em 2010, 37,6% das mulheres tinham no máximo 3 anos de estudo. Segundo a Professora Janete Stoffel, Coordenadora do Curso de Economia da FAHOR, o “Economista Indiano Amartya Sen defende que no momento em que todas as mulheres tiverem ao menos o ensino médio concluído, as condições de desenvolvimento serão melhores, pois o maior volume de conhecimentos permite a elas que tenham maior cuidado com a própria saúde, bem como com a saúde e educação dos filhos”.
Em relação ao município de Horizontina, os dados (Censo Demográfico do IBGE de 2010) apontam que no ano de 2010 os homens tinham rendimento médio mensal de R$ 1.802,35, enquanto as mulheres, R$ 1.067,34.
Muitas mudanças positivas puderam ser presenciadas nas últimas décadas: as mulheres conquistaram o direito ao voto, podem tomar suas decisões pessoais e profissionais com mais liberdade e o mercado de trabalho já melhorou muito. Ficam ainda os desafios de conciliar as funções de mãe, companheira, trabalhadora e estudante, as quais ainda são ainda grandes.