Alunos de Ensino Médio do Colégio Frederico Jorge Logemann, juntamente com a professora de Literatura Brasileira, Nadir Pimentel Gomes, participaram de um projeto literário, tendo muitas técnicas que foram desenvolvidas e leituras de obras durante cinco meses, com encontros extras semanais.
Certamente, segundo os alunos, o projeto reforçou a forma de compreensão, realçado um maior entendimento sobre a realidade, unindo passado e presente, poesia, e a história, confrontando opiniões até um consenso.
Ao finalizar as oficinas, alunos e professora, produziram um novo texto para concorrer uma premiação em nível de Brasil, entre diversos participantes, sobre Modernização brasileira: um diálogo entre raízes e ruptura na arte e no desenvolvimento industrial.
DAS RAÍZES AOS FRUTOS, EIS O NOSSO BRASIL!
Brasil, fruto da mais rica história,
Seiva da mais doce vitória,
Afinal “Brasil”, que tanto escondes em glória?
Não és solo do índio escravos,
mas sim, daquele que defende a sua terra
luta, enfrenta, chora.
Não és monstro sem roupa, és ouro e prata,
és mina de mata que inimigo, nem disfarças o destino,
agasalhas da senzala e engelhas o sonhar.
Não concebes sofrimento, imigrante não se espante,
esta terra é boiadeira no sul e no nordeste,
de Igarapés da floresta e veios no literal.
Não és lança contra devoção, pois dela fizestes teu Sarau.
De canto gregoriano coloriste teu ritual e com a flauta tupi
Sopraste brilhando o guarani.
Não és melodia em silêncio, movimentos livres hão de sorrir, no teu dançar,
Meu Bruno, levas o mais ressoante lundu. Não desista capoeira, com tua luta
Sou hindu. Paraíba, uma mulher macho, meu boi que bumba no sertão.
Não és teatro sem platéia, és um palco romanceiro; com estilos forasteiros
Melodramas, entoas óperas e declamas picardia popular
Não és canto triste, es encontro de cultura és sinfonia mestiça que crias bossa nova, que alegras o
samba e alegas o batuque.
És a terra do charque, mate amargo e araucárias
Falar da vida na roda do chimarrão
Lembrar um povo valente, aguerrido e bravo.
No Sul, bah tchê! Com ritmo de vanerão
Nos tratamos como irmãos.