A fala da Juíza da Vara da Infância e da Juventude foi especial aos pais de estudantes do Centro Tecnológico Frederico Jorge Logemann (CFJL) já que há poucos dias a magistrada também conversou com os alunos, sobre a importância do estudo.
A presença da Juíza foi organizada pela Direção e equipe pedagógica do CFJL, sendo que o vice-diretor, Olmiro Ribeiro Junior fez um agradecimento a todos os pais que priorizaram a vida de seus filhos ao participar desse momento e trocar experiências e conhecimento uns com os outros.
Na noite de quarta-feira, a fala da Juíza iniciou com uma reflexão clara e simples sobre o papel dos pais na criação dos filhos. “Tempo é uma questão de prioridade. Seu filho é prioridade?“, questionou Cátia Saft.
Ela trouxe alguns embasamentos jurídicos que sustentam sua posição em relação à responsabilidade dos pais perante seus filhos. O artigo 22, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é claro ao referir sobre os deveres dos pais: “Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”.
E também citou o artigo 227 da Constituição Brasileira, que diz: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Nesse sentido, Cátia expôs alguns exemplos de os pais se dedicarem nesta missão e ter sempre a clareza de que são responsáveis pela vida e por algumas escolhas de seus filhos. “Lembro um diálogo entre pai e filho, onde o pai diz: Cuidado por onde anda, meu filho! Ao que ele responde: Mais cuidado tenha você, onde caminha, porque eu sigo os seus passos. Então, vejo pais e mães motivados com os filhos na educação infantil, quando são pequenos, participam das apresentações, acham tudo lindo. Mas depois de uma certa idade, pensam que não é necessário esse acompanhamento. Essa mesma energia, essa aproximação, deve ser frequente”, comentou a juíza ao exemplificar que os pais são exemplos e espelhos para seus filhos, por isso a importância de ter um acompanhamento muito próximo, desde crianças até a vida adulta.