Utilizado até hoje na fabricação de microchips, o silício deve finalmente ser deixado de lado pela Intel. A empresa anunciou nesta semana que já começou a trabalhar em seus próximos processadores que terão arquitetura de 10 nanômetros – e também serão os últimos a utilizar o material como padrão em sua estrutura de transistores. Com lançamento planejado para 2018, os processadores com arquitetura de 7 nm terão transistores próximos demais para depender do silício.
Entre as possíveis opções de materiais estão os nanotubos de carbono ou algum semicondutor dos grupos III-IV (do boro), como o arseneto de índio e gálio (InGaAs), embora ainda não haja confirmação da Intel. De acordo com a reportagem, esse segundo tipo de material em especial tem “uma mobilidade maior de elétrons do que o silício”. Isso significa que os transistores feitos a partir dele podem ser bem menores e mais rápidos – e ainda mais eficientes, energeticamente falando – do que os atuais de 14 nm da série Broadwell, o que manteria a lei de Moore “ativa”.
O conceito descrito por Gordon Moore, fundador da Intel, diz que a densidade de transistores em um circuito dobra a cada dois anos, em média. É isso que basicamente os torna mais poderosos e econômicos a cada nova geração. Uma interrupção no processo, portanto, faria com que a evolução dos processadores fosse interrompida.