Já aconteceu de você ter feito uma busca sobre determinado produto em uma loja online e começar a visualizar anúncios desse mesmo produto em outros sites? Isso acontece graças ao que chamamos de Big Data, ou “megadados”, em português. Quando usamos qualquer dispositivo conectado à internet, fornecemos (por meio de cliques, áudios, textos, vídeos e outras interações) um enorme volume de dados sobre nós. Quando essas informações são analisadas em conjunto, tornam-se uma ferramenta poderosa para empresas.

 

Com base nesses dados as empresas podem, por exemplo, ajustar as estratégias de marketing a fim de alcançar com mais eficiência seu público-alvo. É por isso que os anúncios veiculados nos sites que você visita são normalmente interessantes: serviços como o Facebook ou o Google sabem o que você quer. 

O Big Data, porém, tem também outras aplicações, entre elas, na educação. Dados sempre fizeram parte da rotina escolar e são necessários para a tomada de decisões tanto de gestores quanto de professores e coordenadores pedagógicos. Mas é a tecnologia que lhes confere o “big”, oferecendo variedade, quantidade, exatidão e rapidez. É ela que torna possível obter informações detalhadas sobre interesses, habilidades, dificuldades, nível de aprendizado e até alguns hábitos e características emocionais de alunos ou escolas inteiras. Por exemplo, enquanto o baixo desempenho de um aluno pode significar um problema pessoal, a baixa média de uma sala toda em relação a um tópico específico pode indicar a necessidade de adaptação da didática. 

Após a realização do simulado da Geekie (ferramenta de aprendizado personalizado) entre estudantes do Ensino Médio, o coordenador pedagógico Alexandre Antonello identificou uma fragilidade no aprendizado de equação do 1º grau. “Quando você detecta um ponto de dificuldade, pode adotar providências para ampliar o nível de aplicabilidade do conceito, ressignificando-o, tratando-o em questões diferenciadas, despertando a sua importância para os estudantes. Essas táticas são discutidas detalhadamente com os professores e, nesse caso, até com a Coordenação Pedagógica do Ensino Fundamental 2 para valorizar o conteúdo no 8º e 9º anos”, disse ele, em depoimento para o estudo de caso produzido pela Geekie, sobre como escolas têm trabalhado com dados. A íntegra está disponível gratuitamente neste link.

Resumo da ópera: o Big Data não é útil somente para que empresas possam convencer você a comprar aquele produto que sondou na internet. Ele pode ser usado para melhorar a Educação.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/blogs/tecnologia-educacao/